Oskar Lange, na revista The Review of Economic Studies (1936, 1937)
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Para muitas pessoas, deve parecer que o colapso da União Soviética (e das economias planificadas do Leste Europeu) teria efetivamente encerrado o debate do cálculo socialista, com um veredito decisivo em favor do mercado. Argumentamos aqui que essa conclusão não se justifica. O socialismo soviético apresentava uma forma específica de planejamento com deficiências próprias, e seu colapso não exclui mecanismos alternativos de planejamento socialista. Neste artigo apontamos algumas das limitações específicas do modelo soviético e oferecemos algumas justificativas para a visão de que existem métodos alternativos de planejamento que são tecnicamente viáveis e potencialmente eficientes e justos.
por Allin Cottrell e W. Paul Cockshott, 1993 [0]
Precisamos de uma república socialista democrática mundial.
por Amir Hernandez,
na revista Briar Patch e no seu blog Cold Dark Stars, abril de 2019
Continuar lendoO desenvolvimento de infraestruturas de avaliação e circuitos de retroalimentação digital oferece oportunidades à esquerda para que proponha melhores processos de descoberta, melhores soluções para a complexidade da organização social em ambientes em rápida transformação e melhores correspondências entre produção e consumo do que a concorrência no mercado e o sistema de preços poderiam fornecer.
por Evgeny Morozov, na New Left Review #116, 2019
[A análise dos aspectos econômicos da informação tem sido associada ao trabalho de Hayek, que enxerga o sistema de preços no mercado como um mecanismo de telecomunicação de informações e de adaptação a mudanças. As críticas de Hayek às possibilidades de um planejamento democrático da produção de bens e serviços, como apresentadas no artigo “O Uso do Conhecimento na Sociedade”, têm servido de base para enterrar qualquer forma de socialismo, mesmo para pessoas que resistem ao seu entusiasmo extremo por mercados irrestritos. Até que ponto as ideias de Hayek se sustentam, principalmente diante dos avanços posteriores na Teoria da Informação e na Ciência da Computação? Será que o sistema de mercado realmente é tão mais eficiente do que qualquer alternativa baseada no planejamento democrático socialista jamais poderia ser? Ou, pior, será que as ideias de Hayek realmente mostram que uma alternativa desse tipo não seria apenas menos eficiente, mas simplesmente impossível?]
Paul Cockshott e Allin Cottrell, 1994 (1997,2007, 2009)
Este artigo oferece uma reavaliação do debate sobre o cálculo socialista e examina até que ponto as conclusões desse debate deveriam ser modificadas sob a luz do desenvolvimento subsequente da teoria e da tecnologia da computação. Após uma introdução às duas principais perspectivas sobre o debate que foram oferecidas até o momento, examinamos o argumento clássico de von Mises contra a possibilidade de cálculo econômico racional sob o socialismo. Discutimos a resposta dada por Oskar Lange, junto dos contra-argumentos à Lange do ponto de vista austríaco. Finalmente, apresentamos o que chamamos de “resposta ausente”, isto é, uma reafirmação do argumento marxiano clássico por um cálculo econômico em termos de tempo de trabalho. Argumentamos que o cálculo por tempo de trabalho pode ser defendido como um procedimento racional, quando complementado por algoritmos que permitam que a escolha dos consumidores guie a alocação de recursos, e que tal cálculo é tecnicamente viável com o tipo de maquinário computacional atualmente disponível no Ocidente, com uma escolha cuidadosa de algoritmos eficientes. Nossa argumentação vai no sentido oposto das discussões recentes sobre planejamento econômico, que continuam afirmando que a tarefa seria de complexidade insolucionável.
Paul Cockshott e Allin Cottrell, 1993 (2004, 2008)
“No clima atual, em todo o mundo, quase tudo que pode ser proposto como alternativa parecerá utópico ou trivial. Assim, nosso pensamento programático está paralisado.” – Roberto Mangabeira Unger
por Nick Srnicek e Alex Williams, em ‘Inventing the Future: Postcapitalism and a World Without Work’ [“Inventando o Futuro: Pós-Capitalismo e um Mundo Sem Trabalho”]
Continuar lendo“O objetivo do futuro é o pleno desemprego, para que possamos aproveitar. É por isso que temos de destruir o atual sistema político-econômico”, Arthur C. Clark
por Nick Srnicek e Alex Williams, em ‘Inventing the Future: Postcapitalism and a World Without Work’ [“Inventando o Futuro: Pós-Capitalismo e um Mundo Sem Trabalho”]
Precisamos de uma visão abrangente de reconstrução ecológica – e isso significa ter a geoengenharia como parte de nossa visão.
por Peter Frase, na Revista Jacobin
Nos EUA a escola é a preparação para a “vida real”. Nos primórdios da União Soviética a escola estava cheia de vida.
por Megan Erickson, na Revista Jacobin, dezembro de 2017 | Tradução: Antonio Marinho